quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Aflição


Deparo-me com a face da fraqueza, angústia, desespero em qualquer mísero detalhe que remote ao passado hoje tão inatingível e repleto de lembranças dolorosas
Paixão transborda.
Desejo consome.
Amor habita.
Dor dilacera.
Tristeza acompanha.
Lágrimas escorrem.
Saudade permanece.

sábado, 9 de abril de 2016

Olhos tristes

Uma alma vazia.
Um coração que sangra insistentemente.
Um sorriso esquecido.
Olhos tristes e cansados por tantas lágrimas derramadas.
Dor angustiante e insistente.
Prantos infindáveis.
Voz rouca e inaudível que implora por socorro.
Lembranças que perfuram a carne violentamente.
Dias nublados e longas noites aterrorizantes.
Medo constante.
Solidão sem fim.


sexta-feira, 4 de março de 2016

Sombras

Conforme os anos me devoram, sinto com mais intensidade a destrutiva certeza que as feridas jamais cicatrizarão e que carregarei pra sempre no fundo do meu âmago a dor dilacerante da perda.
Sombras do passado retornam insistentemente e dilaceram minha existência.
Toda a essência foi perdida e o desejo de recuperá-la se esvai de mim.
Não há atração para experimentar novamente esse alucinógeno com efeito curto, temporário e doloroso.
Sou gelo.
Sou sombra.
Sou covardia.
Sou tristeza.

Sou medo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Despertar

Os sentimentos são expressos em versos. Externá-los de outra forma não seria cabível.
Os olhos refletem a dor latente, o medo sufocante.
Exala o aroma da felicidade outrora esquecida, a paixão enclausurada, o amor falecido.
A voz que ecoa e permite que a melodia toque o mais íntimo da existência.
Alma fria e amargurada aquecida pelo calor de um sorriso.
Suspiros de satisfação e delírios de medo e alegria.



domingo, 3 de janeiro de 2016

Êxtase



Já não consigo olhar e não te enxergar.
Sua imagem reflete aqui dentro constantemente, insistentemente, ferozmente e tira toda sanidade que ainda habita em mim.
O ar entra nos meus pulmões com extrema dificuldade e em minhas veias o sangue pulsa com violência descontrolada. Minha visão se torna turva e só consigo ouvir a melodia rouca que exala êxtase e delírio em mim. Sinto um turbilhão de arrepios incontroláveis que me levam a uma dimensão nostálgica, improvável e destrói qualquer resquício de lucidez que outrora existiu.
O ontem e o hoje se fundem e a perspectiva de tempo não mais importa. O nunca se distancia cada vez mais e a ilusão prevalece como um alucinógeno prazeroso, temporário e me faz sucumbir ao ápice do delírio.