sábado, 12 de novembro de 2011

Suicídio

Chega um momento  onde você percebe que já não se encaixa nesse mundo, que ninguém sente sua falta, que sua existência não vale a pena, ela nunca valeu...
Por mais que você tente chamar atenção daqueles que o rodeiam, é tudo em vão, nem mesmo notam sua presença. Sua voz começa a incomodar os outros e chega ao ponto de até você mesmo não suportar ouvi-la.
Nesse delírio de transtornos emocionais e repulsa dos que a cercam, o melhor é tentar acabar com sua existência. Seu corpo já não passa de uma carcaça imunda, e tudo que você faça com ele será pouco.
Suas palavras precisam ser banidas, ninguém precisa ouvir o ruído que você produz. Feche esses lábios imundos para que deles nunca mais seja pronunciada qualquer palavra. Mutile todo seu corpo e deixe-o ser lavado pelo seu sangue imundo.
Sangre até a morte consciente que ninguém sentirá sua falta...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Desejo de morte


Centenas de corpos caídos e encharcados de sangue... Oh! Quanto sangue derramado, quanta dor, quanta maldade dentro desse coração que pulsa acelerado esperando para encontrar sua próxima vitima!
Sua alma foi entregue às sombras, e agora sem posse dela pode desfrutar de todo sentimento obscuro que antes guardava somente para si... Agora está liberto de sentir arrependimentos, de sentir-se mal por odiar tanto algumas pessoas...
Após arrancar as correntes que o prendiam há tanto tempo, decidiu que nunca mais iria sofrer e que a partir daquele momento iria distribuir dor por onde passasse... Essa foi sua sentença: abdicar sua alma em troca do gosto de sangue e sofrimento...
E assim seguiu sua jornada de torturas e mortes cruéis, saboreando cada corpo ensanguentado, até quando sua carcaça vazia foi arrancada dessa dimensão para vagar solitária nas profundezas...