Já
não consigo olhar e não te enxergar.
Sua
imagem reflete aqui dentro constantemente, insistentemente, ferozmente e tira
toda sanidade que ainda habita em mim.
O
ar entra nos meus pulmões com extrema dificuldade e em minhas veias o sangue
pulsa com violência descontrolada. Minha visão se torna turva e só consigo
ouvir a melodia rouca que exala êxtase e delírio em mim. Sinto um turbilhão de
arrepios incontroláveis que me levam a uma dimensão nostálgica, improvável e
destrói qualquer resquício de lucidez que outrora existiu.
O
ontem e o hoje se fundem e a perspectiva de tempo não mais importa. O nunca se
distancia cada vez mais e a ilusão prevalece como um alucinógeno prazeroso, temporário
e me faz sucumbir ao ápice do delírio.
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